Setembro amarelo: valorize a vida

O suicídio é a quarta causa de morte depois de acidentes no trânsito, tuberculose e violência interpessoal entre os jovens brasileiros de 15 a 29 anos segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde.

No Brasil, os registros se aproximam de 14 mil casos por ano, uma média de 38 suicídios por dia. A cada 100 mil homens brasileiros, 12,6% cometem suicídio; entre mulheres, a comparação aponta para 5,4% casos de suicídio a cada 100 mil mulheres brasileiras. 

Os dados são alarmantes, e mesmo assim pouco se fala sobre o suicídio. A razão disso pode estar no fato de que esse é um assunto considerado tabu e cheio de estigmas, seja por uma questão cultural, religiosa ou até mesmo por medo e vergonha.

Acontece que muito se pensa sobre o assunto de uma forma simplista, como se a pessoa que tira a própria vida desistiu, não teve força suficiente, entre outros. 

A verdade é que a pessoa em intenso sofrimento quer apenas se libertar dele e esses estereótipos provocados pela falta de informação só dificultam a busca por ajuda e, consequentemente, inibe uma prevenção bem-sucedida. 

Alguns sinais de alerta

O suicídio é um fenômeno complexo que pode afetar indivíduos de diferentes origens, classes sociais, idades, orientações sexuais e identidades de gênero. Sendo assim, pode ser resultado de uma interação de fatores psicológicos, biológicos, culturais, socioambientais e até mesmo genéticos.

Dessa forma, não é correto e nem justo encarar a situação de uma forma simples tendo como base acontecimentos pontuais na história do indivíduo. É a consequência final de um processo.

Segundo Rafael Bernardon Ribeiro, médico psiquiatra e Coordenador-geral de Saúde Mental, Álcool e Outras Drogas do Ministério da Saúde, destaca que as pessoas que cometem suicídio são mais regularmente solitárias. Então, quando se identifica um indivíduo que está em situação de desamparo, desesperança e com pensamentos negativos, por exemplo, vale ligar o alerta. 

Alguns outros sinais complementam essa lista. São eles:

  • Expressão de ideias ou de intenções suicidas;
  • Publicações das redes sociais com conteúdo negativista ou participação em grupos virtuais que incentivem o suicídio ou outros comportamentos associados;
  • Isolamento e distanciamento da família, dos amigos e dos grupos sociais, particularmente importante se a pessoa apresentava uma vida social ativa;
  • Atitudes perigosas que não necessariamente podem estar associadas ao desejo de morte e atitudes para-suicidas (dirigir perigosamente, beber descontroladamente, brigas constantes, agressividade, impulsividade, etc.);
  • Ausência ou abandono de planos para o futuro;
  • Forma desinteressada como a pessoa está lidando com algum evento estressor (acidente, desemprego, falência, separação dos pais, morte de alguém querido);
  • Despedidas (“acho que no próximo natal não estarei aqui com vocês”, ligações com conotação de despedida, distribuir os bens pessoais);
  • Colocar os assuntos em ordem, fazer um testamento, dar ou devolver os bens;
  • Queixas contínuas de sintomas como desconforto, angústia, falta de prazer ou sentido de vida e, finalmente;
  • Qualquer doença psiquiátrica não tratada (quadros psicóticos, transtornos alimentares e os transtornos afetivos de humor).

Onde buscar ajuda?

  • CAPS e Unidades Básicas de Saúde (Saúde da família, Postos e Centros de Saúde).
  • UPA 24H, SAMU 192, Pronto Socorro; Hospitais
  • Centro de Valorização da Vida – 188 (ligação gratuita)

Hábitos saudáveis ajudam na prevenção

A prevenção do suicídio envolve uma abordagem holística para cuidar da saúde mental e emocional.

Focando no positivo lista aqui alguns hábitos saudáveis que podem contribuir para essa prevenção:

  • Conversar abertamente
  • Buscar ajuda profissional
  • Manter conexões sociais
  • Exercícios físicos
  • Alimentação balanceada
  • Prática de relaxamento
  • Estabelecer metas
  • Evitar álcool e drogas
  • Buscar atividades prazerosas
  • Aprender a lidar com emoções
  • Limitar o uso de tecnologia

Priorize sua saúde!

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