Arquivos poluição - Focando No Positivo https://www.focandonopositivo.com.br/tag/poluicao/ A coragem de enxergar diferente Mon, 10 Mar 2025 19:30:54 +0000 pt-BR hourly 1 https://www.focandonopositivo.com.br/wp-content/uploads/2022/08/cropped-focando-no-positive_lente-32x32.png Arquivos poluição - Focando No Positivo https://www.focandonopositivo.com.br/tag/poluicao/ 32 32 195204525 Plástico: 5 razões para evitá-lo no cotidiano https://www.focandonopositivo.com.br/plastico-5-razoes-para-evita-lo-no-cotidiano/ https://www.focandonopositivo.com.br/plastico-5-razoes-para-evita-lo-no-cotidiano/#respond Thu, 06 Mar 2025 12:37:00 +0000 https://www.focandonopositivo.com.br/?p=6303 O plástico é uma presença constante em nosso dia a dia, desde embalagens de alimentos até utensílios domésticos. No entanto, apesar de sua praticidade, ele traz riscos significativos à saúde humana e ao meio ambiente. Vamos explorar como o plástico pode impactar nosso bem-estar e o planeta, e o que podemos fazer para nos proteger. […]

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O plástico é uma presença constante em nosso dia a dia, desde embalagens de alimentos até utensílios domésticos. No entanto, apesar de sua praticidade, ele traz riscos significativos à saúde humana e ao meio ambiente.

Vamos explorar como o plástico pode impactar nosso bem-estar e o planeta, e o que podemos fazer para nos proteger.

1. Exposição a produtos químicos tóxicos

Muitos plásticos contêm substâncias químicas prejudiciais, como o bisfenol A (BPA) e ftalatos, usados para dar flexibilidade e durabilidade ao material.

Essas substâncias podem ser liberadas do plástico quando são aquecidas ou entram em contato com alimentos e bebidas. Estudos indicam que o BPA pode atuar como um disruptor endócrino, interferindo na função hormonal e estando associado a problemas de saúde como câncer, diabetes, infertilidade e transtornos do desenvolvimento em crianças.

2. Microplásticos no corpo humano

Os microplásticos, pequenas partículas com menos de 5 milímetros de diâmetro, são uma ameaça crescente. Eles estão presentes no ar, na água e nos alimentos, especialmente em frutos do mar, sal marinho e até mesmo na água potável.

A ingestão desses microplásticos pode causar danos ao sistema digestivo, inflamação e, potencialmente, liberar substâncias tóxicas em nosso organismo. Embora o impacto total dos microplásticos na saúde ainda esteja sendo estudado, há uma crescente preocupação com suas implicações a longo prazo.

3. Impacto no sistema respiratório

O plástico não afeta apenas nossa saúde interna; ele também prejudica a qualidade do ar. A produção e a queima de plástico liberam poluentes atmosféricos como dioxinas e furanos, que são altamente tóxicos e podem causar problemas respiratórios, cardiovasculares e até câncer.

A inalação contínua de microplásticos presentes no ar, especialmente em ambientes urbanos, também pode afetar negativamente o sistema respiratório, provocando inflamação e outros distúrbios pulmonares.

A produção de plástico é dependente de combustíveis fósseis, como petróleo e gás natura

4. Efeitos no sistema imunológico

A exposição contínua a produtos químicos provenientes do plástico pode afetar o sistema imunológico, tornando o corpo mais suscetível a infecções e doenças.

Alguns estudos sugerem que a presença de microplásticos e substâncias químicas em nosso corpo pode desencadear respostas inflamatórias e prejudicar a função imunológica.

5. Impactos ambientais 

O plástico não é apenas prejudicial à saúde humana; ele também tem efeitos devastadores no meio ambiente.

Poluição dos Oceanos:

Milhões de toneladas de plástico acabam nos oceanos todos os anos, afetando a vida marinha. Animais como tartarugas, peixes e aves marinhas frequentemente ingerem plástico ou ficam presos nele, levando à morte por asfixia, fome ou intoxicação.

A presença de plástico no ambiente natural pode alterar habitats e ecossistemas

Degradação lenta:

O plástico pode levar centenas a milhares de anos para se decompor completamente. Durante esse processo, ele se fragmenta em microplásticos que poluem solos, rios e oceanos, entrando na cadeia alimentar e impactando diversos ecossistemas.

Contaminação do solo e da água:

Os resíduos plásticos em aterros sanitários podem liberar substâncias químicas tóxicas no solo e na água subterrânea, contaminando fontes de água potável e prejudicando a vida selvagem.

Emissão de gases de efeito estufa:

A produção e a incineração de plástico liberam uma quantidade significativa de gases de efeito estufa, contribuindo para as mudanças climáticas e o aquecimento global.

Como se proteger 

Reduzir o uso de plástico no dia a dia é uma das maneiras mais eficazes de minimizar esses riscos para a saúde e o meio ambiente. Aqui estão algumas dicas para se proteger e ajudar a preservar o planeta:

  • Evite aquecer alimentos em recipientes plásticos, pois o calor pode liberar substâncias tóxicas.
  • Opte por alternativas como vidro, aço inoxidável e silicone para armazenar alimentos e bebidas.
  • Reduza o uso de produtos descartáveis, como talheres, copos e canudos de plástico.
  • Escolha produtos livres de BPA e ftalatos, especialmente para itens infantis e recipientes de alimentos.
  • Prefira alimentos frescos e minimamente embalados, reduzindo a exposição a embalagens plásticas.
  • Participe de iniciativas de reciclagem e apoie projetos que buscam soluções inovadoras para o problema do plástico.

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Reduzir a poluição luminosa é melhorar a qualidade de vida! https://www.focandonopositivo.com.br/reduzir-a-poluicao-luminosa-e-melhorar-a-qualidade-de-vida/ https://www.focandonopositivo.com.br/reduzir-a-poluicao-luminosa-e-melhorar-a-qualidade-de-vida/#respond Thu, 24 Oct 2024 17:33:25 +0000 https://www.focandonopositivo.com.br/?p=6444 A poluição luminosa é um problema ambiental crescente no Brasil, especialmente nas grandes cidades como São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba. Com o avanço da urbanização e o uso excessivo de iluminação artificial traz consequências graves para a saúde humana, o meio ambiente e a economia. Focando no positivo apresenta os impactos da poluição […]

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A poluição luminosa é um problema ambiental crescente no Brasil, especialmente nas grandes cidades como São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba. Com o avanço da urbanização e o uso excessivo de iluminação artificial traz consequências graves para a saúde humana, o meio ambiente e a economia.

Focando no positivo apresenta os impactos da poluição luminosa,  estatísticas relevantes no Brasil e a regulamentação vigente, como um alerta para a população.

O que é poluição luminosa?

A poluição luminosa ocorre quando há excesso de luz artificial, principalmente em áreas urbanas, o que prejudica a visibilidade do céu noturno e interfere nos ciclos naturais de pessoas, animais e plantas. 

No Shopping Estação em Curitiba, a iluminação do relógio externo e das áreas internas permanece acesa toda a noite perturbando o descanso da vizinhanza

Ela é gerada por fontes como shoppings, postes de iluminação pública, outdoors, fachadas iluminadas e anúncios comerciais.

Consequências para as pessoas

A exposição prolongada à luz artificial durante a noite pode causar distúrbios do sono e problemas de saúde, como insônia e estresse.

Estudos indicam que a poluição luminosa contribui para a redução da produção de melatonina, hormônio responsável pelo sono.

A Sociedade Brasileira do Sono relatou que mais de 65% da população brasileira sofre de algum distúrbio do sono, sendo a poluição luminosa um dos fatores que agravam essa condição.

Em Curitiba, dados da Associação Paranaense de Otorrinolaringologia mostram um aumento significativo nos casos de distúrbios do sono, especialmente em regiões com maior concentração de iluminação pública, como no centro da cidade e nos bairros comerciais.

Impacto no meio ambiente

A poluição luminosa também afeta gravemente o meio ambiente. No Brasil, espécies como aves migratórias e insetos sofrem desorientação devido à luz artificial, o que interfere em sua navegação, caça e reprodução.

Segundo um estudo do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), a iluminação artificial afeta significativamente a biodiversidade em áreas protegidas e urbanas.

Em Curitiba, áreas como o Parque Barigui e o Jardim Botânico estão entre as regiões mais impactadas pela poluição luminosa. A fauna noturna, como corujas, morcegos e pequenos mamíferos, têm seus padrões de comportamento alterados, o que prejudica suas atividades naturais.

Parque Barigui, Curitiba

Em Cifras

  • No Brasil, cerca de 75% da população vive em áreas urbanas onde a poluição luminosa afeta a visibilidade do céu noturno. Esse dado foi apontado em um estudo conduzido pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) em 2021, que também revelou que o consumo de energia elétrica desperdiçada em iluminação desnecessária custa ao país cerca de R$ 1 bilhão por ano.
  • Em Curitiba, um levantamento da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (2022) mostrou que aproximadamente 15% do consumo total de energia da cidade é destinado à iluminação pública, grande parte dele utilizada de forma ineficiente, contribuindo para a poluição luminosa.

O que pode ser feito?

1-Adoção de iluminação eficiente:

Substituir lâmpadas tradicionais por LED de baixa intensidade e utilizar sistemas automatizados com sensores de presença para reduzir o desperdício de luz. Curitiba já deu passos importantes nessa área, com a modernização de parte de sua iluminação pública.

2- Conscientização da população:

Informar os cidadãos sobre os impactos negativos da poluição luminosa e incentivar o uso responsável de luzes em ambientes privados e comerciais é essencial para reduzir o problema.

3- Regulamentação mais rigorosa:

As cidades brasileiras podem intensificar o controle sobre a iluminação externa e fachadas, adotando práticas como a redução da iluminação de outdoors e prédios comerciais durante a madrugada.

Reduzir o impacto da poluição luminosa promove um ambiente mais saudável e equilibrado para todos.

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Fotos: @dulce_rodriguez_jornalista

Pexel, Vinicius Pimentel

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Ônibus elétrico: Melhores para o clima, a natureza e as pessoas https://www.focandonopositivo.com.br/o-onibus-eletrico-melhores-para-o-clima-a-natureza-e-as-pessoas/ https://www.focandonopositivo.com.br/o-onibus-eletrico-melhores-para-o-clima-a-natureza-e-as-pessoas/#respond Mon, 27 May 2024 17:54:17 +0000 https://www.focandonopositivo.com.br/?p=6007 Curitiba vem, desde o ano 2023, testando táxis e ônibus elétricos, com foco na transição energética pelos múltiplos benefícios. O ônibus elétrico não gera poluição, ruído e tem uma vida útil maior do que o movido a diesel.  Além disso, os ônibus elétricos são movidos por baterias recarregáveis que podem ser abastecidas com energia renovável, como […]

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Curitiba vem, desde o ano 2023, testando táxis e ônibus elétricos, com foco na transição energética pelos múltiplos benefícios. O ônibus elétrico não gera poluição, ruído e tem uma vida útil maior do que o movido a diesel. 

Além disso, os ônibus elétricos são movidos por baterias recarregáveis que podem ser abastecidas com energia renovável, como solar ou eólica. São mais confortáveis e mais econômicos do que os ônibus convencionais, que usam diesel ou gasolina.

Por isso a eletromobilidade faz parte do Plano de Adaptação e Mitigação das Mudanças Climáticas (PlanClima) de Curitiba. A meta é que até 2030, 33% da frota de ônibus da capital paranaense seja zero emissões, percentual que deve alcançar 100% até 2050. 

Até agora, já foram testados sete veículos elétricos das marcas Eletra, Volvo, Marcopolo e BYD.  Até o fim do semestre, devem entrar em teste as marcas Volkswagen e Ankai e, no segundo semestre, a Mercedes Benz.

No teste, são avaliados itens como o consumo de energia, cumprimento da autonomia preconizada, níveis de ruídos e o desempenho do ônibus em variadas topografias (aclives, declives e plano). 

Eletromobilidade fortalecida

A Urbanização de Curitiba (Urbs) prorrogou por dois anos o edital de chamamento para testes de ônibus elétricos no transporte coletivo da capital. O edital 001/23, cujo prazo para inscrições se encerrou em 1º de março de 2024, foi prorrogado até 1º de março de 2026, com validade para execução dos testes até 30 de novembro de 2026.

O objetivo é poder testar o maior número possível de veículos e modelos dentro do projeto de eletrificação da frota do transporte coletivo.

No ano 2023, 100 mil pessoas se deslocaram em ônibus elétricos testados em Curitiba. Foto:Daniel Castellano/SMCS

Recursos

A Prefeitura de Curitiba anunciou que vai comprar mais 54 veículos com recursos de R$ 380 milhões do Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) do Governo Federal.

Os veículos, articulados, devem circular nas linhas Inter 2 (piso alto) e Interbairros II (piso baixo).

Os recursos previstos no PAC vão bancar tanto a compra dos veículos como a infraestrutura de recarga dos ônibus que será necessária para o funcionamento dos veículos elétricos.

“Este é um avanço importante no projeto de eletromobilidade do transporte coletivo em Curitiba, que vai viabilizar financeiramente a compra dos novos ônibus”, diz Ogeny Pedro Maia Neto, presidente da Urbanização de Curitiba (Urbs).

Nova concessão

Os testes e a performance dos primeiros veículos incorporados à frota servirão ainda de base para a elaboração do novo edital de concessão do transporte coletivo, que já começou a ser preparado pela Prefeitura de Curitiba e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES).

Em abril deste ano, Curitiba e o BNDES começaram os trabalhos para estruturação e modelagem da nova concessão ou Parceria Público-Privada (PPP) do transporte coletivo de Curitiba, que prevê a modernização do sistema, a reestruturação dos serviços de mobilidade da Rede Integrada de Transporte (RIT) e a descarbonização gradual da frota, com forte aposta em ônibus elétricos.

A nova concessão, cujo leilão está previsto para o terceiro trimestre de 2025, será a primeira do país elaborada de forma estruturada, já na sua origem, para reduzir a emissão de gases do efeito estufa com mudança na matriz energética.

Outros investimentos

Para estimular que mais curitibanos troquem o carro pelo transporte coletivo, estão sendo realizados grandes investimentos na rede de transporte público da cidade, que já é referência nacional por seu sistema BRT (Bus Rapid Transit) e pela integração com a Região Metropolitana, com o cidadão pagando uma única tarifa para se deslocar entre as cidades.

O aumento da capacidade e da velocidade da Linha Direta Inter 2 e a adequação e melhoria do itinerário do BRT Leste-Oeste, que integram o Programa de Mobilidade Urbana Sustentável de Curitiba, caminham juntos com o processo de eletrificação da frota de ônibus da capital, informou a prefeitura de Curitiba em nota.

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Venda de frutas e vegetais em embalagens de plástico será proibida na Espanha e França, entenda https://www.focandonopositivo.com.br/venda-de-frutas-e-vegetais-em-embalagens-de-plastico-sera-proibida-na-espanha-e-franca-entenda/ https://www.focandonopositivo.com.br/venda-de-frutas-e-vegetais-em-embalagens-de-plastico-sera-proibida-na-espanha-e-franca-entenda/#respond Tue, 28 Sep 2021 23:15:00 +0000 https://www.focandonopositivo.com.br/?p=917 Para reduzir a poluição a venda de frutas e legumes em recipientes de plástico será proibida no comércio varejista (tanto em lojas de bairro como em supermercados) na Espanha a partir de 2023 É uma das medidas contempladas no Real Decreto sobre embalagens e resíduos que o Governo está finalizando e que o Ministério da […]

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Para reduzir a poluição a venda de frutas e legumes em recipientes de plástico será proibida no comércio varejista (tanto em lojas de bairro como em supermercados) na Espanha a partir de 2023

É uma das medidas contempladas no Real Decreto sobre embalagens e resíduos que o Governo está finalizando e que o Ministério da Transição Ecológica está prestes a divulgar informações públicas, segundo fontes da secretaria. A regra também contém medidas para incentivar a venda de água a granel e não engarrafada, de acordo com El País.

A proibição do acondicionamento de frutas e legumes aplica-se aos lotes com peso inferior a um quilo e meio. É uma proibição semelhante à contida na lei antirresíduos francesa, que entrará em vigor naquele país em 2022.

As nações ricas precisam reduzir seu consumo de produtos descartáveis e embalagens de plástico. Já os países em desenvolvimento têm que melhorar o tratamento do lixo

Nós comemos e bebemos plástico

Dentro e fora da Espanha, várias ONGs ambientalistas, como o Greenpeace, lançam campanhas há anos sob o lema “descascar a fruta” para pressionar as pequenas empresas e os grandes supermercados a pararem de plastificar esses produtos frescos.

Julio Barea, do Greenpeace, concorda com a proibição das frutas plastificadas, mas avisa que é importante analisar “como vai ser aplicada” no final. Em relação ao restante do decreto real, esse ativista acredita que o Executivo não está agindo rápido o suficiente para “cortar radicalmente o fluxo de poluição do plástico”. 

“Bebemos plástico, comemos plástico e respiramos plástico”, alerta Barea sobre os efeitos de uma contaminação que ele descreve como uma “pandemia”.

ONGs ambientalistas lançam campanhas sob o lema "descascar a fruta" para pressionar os grandes supermercados a pararem de plastificar esses produtos frescos

Um cartão de crédito de plástico por semana

Pesquisa realizada pela revista Environmental Science and Technology, publicada pela Sociedade Americana de Química, mostra que, desde 1960, a produção mundial de plásticos aumentou quase 10% anualmente. “Com o tempo, o plástico vai se degradando, lixiviando toxinas ambientais e pequenas partículas de 1 a 5 milímetros chamadas microplásticos.

Cerca de 39 mil a 52 mil pedaços de microplásticos podem estar na nossa dieta anual. Se incluirmos os pequenos pedaços que inalamos, esse número pode subir para 74 mil”, afirma a pesquisa.

Ainda segundo o trabalho, cerca de 8 milhões de toneladas de plásticos são despejados no oceano anualmente. Menos conhecida é a estimativa de que o ser humano ingere, em média, o equivalente a um cartão de crédito de plástico por semana, ou seja, coloca dentro do organismo cinco gramas de plástico a cada sete dias.

A quantidade de plástico jogada anualmente nos mares pode alcançar 17,5 milhões de toneladas até 2025. Isso significa que até lá 155 milhões de toneladas chegarão aos oceanos.

Os cientistas também fizeram uma lista dos países que seriam os maiores responsáveis pelo despejo desses resíduos. As 20 nações que despejam as maiores quantidades seriam responsáveis por 83% do plástico mal gerenciado que pode entrar nos oceanos.

A China ocupa o topo da lista, produzindo mais de um milhão de toneladas. Mas a equipe ressalva que é preciso levar em conta a imensa população do país e a extensão da sua costa.

Os Estados Unidos ficaram no 20º lugar da lista. O país tem uma grande área costeira, porém adota melhores práticas de descarte do lixo. Por outro lado, os EUA registram altos níveis de consumo de plástico per capita.

A União Europeia é analisada em bloco e ocupa o 18º lugar na lista.

Por dia, as equipes de limpeza da Prefeitura de Manaus/Amazonas/Brasil retiram, em média, 32 toneladas de lixo somente nos igarapés e córregos. Foto: secom

Vilões dos mares

O Executivo espanhol busca “combater da forma mais eficaz o uso excessivo de embalagens”, detalha uma porta-voz do ministério. As mesmas fontes alertam que a poluição do plástico “já ultrapassou todos os limites” para justificar esse veto.

O engenheiro Gallego explica que o plástico é um polímero derivado do petróleo. “Portanto, sua dissolução com o tempo se torna imperceptível e acaba se transformando em microplásticos, que são altamente poluentes.

Dez por cento de todo plástico utilizado é reciclado, o restante é descartado em aterros ou irregularmente no meio ambiente.

O plástico que é lançado no meio ambiente, acaba penetrando no solo por meio da água de chuva, direcionado aos rios, e, finalmente, aos oceanos, onde já existem verdadeiras ilhas de lixo desse material”, afirma.

Segundo Gallego, as partículas de microplásticos se misturam na água e acabam sendo ingeridas por peixes e animais marinhos em geral. Além disso, podem contaminar os lençóis freáticos e acabar sendo ingeridas por humanos.

Cientistas dizem que 20 países são responsáveis por 83% da poluição dos mares por plástico

Embalagem reutilizável

Entre os objetivos gerais do decreto real da Espanha a meta é atingir uma redução de 50% na venda de garrafas plásticas para bebidas até 2030, sempre de acordo com informações prestadas pelo Governo aos principais atores do setor.

E é de assinalar que até ao final desta década se conseguirá que 100% das embalagens que são colocadas no mercado sejam recicláveis.

Na documentação enviada pelo ministério às ONGs, também são especificados objetivos para a promoção de embalagens reutilizáveis – por exemplo, as garrafas de plástico mais duras ou de vidro que podem ser utilizadas em diversas ocasiões.

No caso de hotéis, restaurantes e cafeterias, propõe-se que 50% das embalagens vendidas em 2025 sejam reutilizáveis; em 2030 deve chegar a 60%. No caso das cervejas, 80% é fixado em 2025 e 90% em 2030. E para refrigerantes as metas são 70% e 80% respectivamente.

No caso das vendas para consumo doméstico, as metas são bem menos ambiciosas: 10% das embalagens de bebidas em geral em 2025 e 20% em 2030.

Algumas alternativas ecológicas para substituir o uso do canudinho, podem ser feitos de macarrão, papel, silicone, vidro, metal, bambu ou palha. Foto:divulgação

No Brasil: Lei proíbe canudos de plástico

Os canudos de plástico foram banidos em oito estados do Brasil e no Distrito Federal em pouco mais de um ano, segundo levantamento feito pela Folha. O fornecimento ou venda de canudos plásticos por estabelecimentos comerciais está proibida por lei.

Além do veto ao canudo em Acre, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Norte, Santa Catarina e São Paulo, em 17 dos 18 estados onde o artefato ainda é permitido tramita ao menos um projeto de lei no Legislativo estadual para proibi-lo.

Das 27 unidades da federação, a única onde ainda não foi localizada proposta acerca do tema é Rondônia.

A lei veda a distribuição de canudos de plásticos, além de orientar para que sejam substituídos por canudos de papel reciclável, material comestível ou biodegradável, embalados individualmente em envelopes hermeticamente fechados feitos do mesmo material.

O canudo de papel é biodegradável, se decompõe rapidamente, não causando os estragos que o descarte do plástico causa na Natureza. Foto: divulgação

Mudar hábitos de consumo

Para reduzir as consequências negativas, André Gallego explica que, primeiramente, é preciso mudar hábitos de consumo de objetos plásticos de uso único, como copos, talheres, canudinhos, garrafas de água e refrigerantes, sacolas e embalagens em geral.

“Devemos adotar alternativas viáveis, como ter nossa própria garrafinha de água, canudinho de metal, sacolas reutilizáveis, comprar mais alimentos a granel, sem embalagem. São ações que ajudam a diminuir o consumo de plástico. Com isso, diminuímos a geração de lixo no planeta, a emissão de gases de efeito estufa e a contaminação das águas.”

O engenheiro de produção diz que todo desastre ambiental tem um impacto muito expressivo, muitas vezes irreversível. “A natureza sempre se mostrou capaz de se reinventar, transformar e se adequar ao novo ambiente.

Porém, isso pode levar anos ou décadas. O ESG (sigla em inglês para meio ambiente, social e governança) demonstra a preocupação das empresas em se posicionar em relação a esses temas. Esse é o único caminho, se as empresas quiserem crescer e prosperar em suas áreas de negócio.”

Cerca de 39 mil a 52 mil pedaços de microplásticos podem estar na nossa dieta anual. Se cuide. Foto:divulgação

Faça sua parte!

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